Entenda a Renda Variável e Como Investir com Consciência

Entenda a Renda Variável e Como Investir com Consciência

3 Abril 2025 Não Por Edson Souza

Quem busca aumentar o patrimônio e alcançar maiores retornos nos investimentos certamente já ouviu falar da renda variável. Esse tipo de aplicação é uma das alternativas mais populares para quem deseja ir além da segurança da renda fixa e almeja maiores ganhos — mesmo que isso implique aceitar riscos maiores. Mas afinal, o que é a renda variável e como ela funciona na prática?

Neste guia, reunimos as principais informações para quem deseja entender melhor esse universo e investir de forma mais consciente.

O que é a Renda Variável?

A renda variável é uma categoria de investimento na qual os rendimentos não são previamente definidos. Ou seja, o investidor não sabe de antemão qual será o retorno da aplicação. Isso acontece porque os valores investidos estão sujeitos às oscilações do mercado — podendo se valorizar ou desvalorizar com o tempo.

Diferente da renda fixa, onde o investidor conhece as regras de rentabilidade desde o início — como no caso dos títulos do Tesouro Direto —, na renda variável tudo depende do desempenho dos ativos. Por isso, é uma modalidade que exige atenção e estudo constante.

Na renda fixa, o investidor “empresta” dinheiro ao emissor do título (governo ou empresas) em troca de uma remuneração. Já na renda variável, ao adquirir ações ou cotas de fundos, o investidor se torna sócio do emissor, assumindo uma posição de risco e apostando no crescimento do negócio.

Principais Tipos de Investimentos em Renda Variável

O mercado oferece diversas opções dentro da renda variável. Abaixo, explicamos as mais comuns:

Ações

As ações representam pequenas parcelas do capital social de uma empresa e são negociadas na bolsa de valores. Quem compra ações se torna acionista, ou seja, sócio da empresa, e pode participar dos lucros obtidos por ela.

Existem duas formas principais de ganhar dinheiro com ações:

  • Dividendos: São partes do lucro distribuídas aos acionistas. No Brasil, por lei, ao menos 25% dos lucros devem ser destinados ao pagamento de dividendos.

  • Valorização das ações: Quando a empresa apresenta bons resultados, o valor de suas ações tende a subir. O investidor pode vender os papéis posteriormente por um preço maior do que o da compra e lucrar com a diferença.

Apesar do potencial de lucro, também há riscos — como a desvalorização das ações em períodos de instabilidade.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os Fundos de Investimento Imobiliário reúnem recursos de diversos investidores com o objetivo de aplicar no setor imobiliário. Os recursos podem ser usados para construir ou adquirir imóveis, que são alugados ou arrendados. Os lucros dessas operações são divididos entre os cotistas, proporcionalmente ao valor investido.

As cotas dos FIIs são negociadas na bolsa de valores, o que os torna ativos de renda variável. Muitos investidores confundem os FIIs com investimentos de renda fixa, já que oferecem rendimentos mensais com certa regularidade. No entanto, esses rendimentos não são garantidos, e o valor das cotas pode oscilar de acordo com o mercado e a gestão do fundo.

ETFs (Fundos de Índice)

Os ETFs, ou Exchange Traded Funds, são fundos que replicam a composição de índices do mercado, como o Ibovespa ou o IBrX. Assim como as ações, suas cotas são negociadas em tempo real na bolsa de valores.

Uma das grandes vantagens dos ETFs é a possibilidade de diversificação: o investidor consegue aplicar em uma carteira composta por várias ações com uma única compra. Além disso, os custos de administração são geralmente baixos, variando entre 0,05% e 0,69% ao ano nos fundos negociados na B3.

Considerações Finais

Investir em renda variável pode ser uma excelente forma de potencializar os ganhos e diversificar o portfólio, mas exige preparo, acompanhamento e aceitação dos riscos envolvidos. Antes de tomar qualquer decisão, é essencial conhecer bem cada tipo de ativo e entender o seu próprio perfil de investidor.

Com informação e estratégia, a renda variável pode se tornar uma grande aliada na construção de um patrimônio sólido ao longo do tempo.